Ser criança no Benim é estar, à partida, condenado a uma vida de miséria. Os pais vêem-se obrigados a vendê-los aos traficantes, por apenas vinte e cinco euros. Depois seguem para a Nigéria, onde são revendidos por um preço mais alto.Os seus novos donos levam-nos para as pedreiras de Abeokuta ( Nigéria).
O dia de trabalho destas crianças é muito duro. Começam a trabalhar às seis da manhã e terminam doze horas depois. Têm duas horas para comer. Contudo, muitas das crianças dizem que, apesar de trabalharem muito, há todos os dias duas refeições por dia. Isto que não acontecia quando estavam em casa com os pais, onde se passavam dias em que não tinham nada para comer.
A maior parte das crianças exploradas dormem dentro das valas que eles próprios cavam, durante as longas horas de trabalho. Têm como colchão um pedaço de plástico ou uma esteira feita de ramos.
Trabalham, consecutivamente, seis dias por semana e descansam apenas no domingo.
Estas crianças sofrem de inúmeras doenças tais como: desnutrição, perda de visão, problemas pulmonares e lesões oculares, segundo o médico que os assiste nas pedreiras.
A maior parte das crianças são órfãs e os seus familiares vendem-nos, devido às más condições de vida. É a pobreza que arrasta estas crianças para a escravatura e, assim, vão matando lentamente os futuros homens do amanhã, que, provavelmente, nunca chegarão à idade adulta.
As crianças ainda têm outro castigo muito severo. Se o patrão se zanga com eles, manda o encarregado escolher um para torturar. Noventa por cento das crianças deste país, vão parar a sítios como este ,onde a mão-de-obra infantil é muito recorrente
O Estado deste país não tem resposta para ajudar os pequenos escravos.
As estatísticas da O.N.U., sobre a pobreza mundial, indicam que a República do Benim ocupa o décimo quinto lugar da lista.
Assim, penso que fica esclarecido o porquê da escravatura infantil deste país... a maioria vive numa extrema pobreza e não tem quem os defenda.
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