quarta-feira, 9 de março de 2011

Dia Internacional da Mulher - A escravidão.

Em 1910, numa conferência internacional de mulheres, realizada na Escandinávia, mais propriamente na Dinamarca. Ficou então decidido comemorarem no dia 8 de Março O Dia da Mulher, em homenagem às mulheres que no ano de 1857 foram assassinadas por terem reinvindicado melhores condições de trabalho e salários mais equiparados aos dos homens. Segundo conta a história, cento e trinta mulheres foram trancadas dentro da fábrica onde trabalhavam 16h por dia e queimadas vivas
O dia 8 de Março foi bem aceite por vários países, inclusivé Portugal.
Pretende-se, com esta homenagem,  repor a dignidade da Mulher na sociedade como ser humano digno de direitos e de respeito pelo seu grande papel. Ela tem sido, desde o princípio, a Mãe da Humanidade.

Descendentes de Escravos todos com olhos Azuis

No início do século XVII, as riquezas de Minas de Goiazes atraiu muita gente à procura do metal valioso chamado de Ouro.
Foram parar lá milhares de escravos africanos, que trabalhavam de sol a sol para enriquecere os seus senhores. Durante várias décadas, as minas prosperaram ajudando muito a encherem os cofres dos seus donos.
Mas, entre 1796 e 1807, foi feita uma fundição de ouro na cidade de Cavalcante, situada no extremo Norte do Estado de Goías. O Governo aumentou abruptamente os impostos e quanto mais escravos tivessem mais teriam que pagar ao Estado. Por essa razão, os mineradores começaram por esconder grande parte de seus escravos. Foi a partir dessa altura que os Quilombos ganharam força e os escravos começaram a fugir, refugiando-se nas montanhas e vales onde os mineradores não os pudessem resgatar.
Os negros descendentes desses escravos vivem até aos dias de hoje nesses Quilombos formados pelos seus antepassados. Dispensam a civilização e, por isso, só foram descobertos no final dos anos 70.
Quando foram contactados não queriam acreditar que a escravatura já tinha sido abolida há muito.
No Estado de Goiás ninguém sabia da sua existência e chegar aos Kalunga foi uma autêntica aventura, visto ter sido muito difícil chegar a esses povoados.
O Governo de Lula reconheceu-os tornando-os proprietários das terras por eles ocupadas.
Vivem em casas construídas de adobe e pau-a-pique. Este povo, com características únicas, vive da agricultura e de criação de gado. As suas vestes são confeccionadas de algodão cultivado por eles, a caça também faz parte da sua alimentação. Têm um porte físico com uma rara particularidade, são muito altos tanto homens como mulheres, cerca de 2 metros de altura, e olhos de uma côr magnífica Azul. Alguns deles de um Azul tão intenso que mais parece gotas do Oceano. É uma comunidade parada no tempo, mas são felizes, ao contrário dos seus ascendentes que sofreram na pele as dores do chicote.
Termino, assim, a história deste povo descendentes do meu próprio povo.